Esse artigo de Salvador Massono Cardoso* apesar de ter sido publicado nos Arquivos de Medicina em 2002 descreve um tema muito atual sobre a questão da alimentação, do ambiente e da evolução do homem. Vale a pena uma leitura.
"O homem tal como qualquer outra espécie sofreu influências ambientais que moldaram a sua fisionomia e fisiologia. Fruto de um acaso e de uma necessidade, apresenta-se a nível planetário como rei e senhor. Tudo é analisado e discutido numa base antropomórfica, que nem sempre é sinónimo de equilíbrio e de respeito pela natureza. Pelo contrário, frequentemente causa distúrbios e atentados, contribuindo para um crescente e preocupante desequilíbrio à escala planetária, comprometendo o futuro de muitas espécies e a sua naturalmente.
A grande revolução humana iniciou-se após a última glaciação ocorrida há cerca de 13.000 anos. Na altura todos os núcleos humanos encontravam-se no mesmo estadio e tinham comportamentos idênticos. Alimentavam-se de uma forma idêntica (caçadores –colectores), aproveitando o que tinham à mão. Não havia superioridade civilizacional. O meio ambiente condicionava o modo e o estilo de vida, com aspectos evidentes para a alimentação. De facto, a alimentação constituiu a par das condições ambientais um dos
factores mais importantes em termos de evolução humana.
Os nossos antecessores evoluíram de acordo com a disponibilidade alimentar. No caldo africano, as condições do meio ambiente foram propícias à sua evolução. Os alimentos que disponham eram variados, contribuindo com os seus princípios imediatos para uma alimentação variada e curiosamente rica e
equilibrada...."
* - Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra.
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