O autoconhecimento ou conhecimento de si é a investigação de si mesmo. Também pode ser um projeto ético, quando o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser humano melhor. Wikipédia
História dos alimentos funcionais
Atualmente, muito se ouve falar sobre nutrição funcional, parece até "febre" todo profissional do ramo da nutrição, gastronomia, desportivo agora é funcional, o bom agora são só os alimentos funcionais, porém, esse conceito não é novo. Com a constante busca por alimentos que nos tragam mais saúde, mitos e tabus alimentares estão a ser quebrados e especialidades tem sido criadas nessa área, também, por ser um campo fértil e amplo para investigações e investimentos. Desse modo cria-se a especialização ou pós-graduação em nutrição funcional.Um nutricionista apenas graduado, hoje, não é suficiente, o profissional tem que ter especialização em outras áreas, como clínica, ortomolecular, funcional ou nutracêuticos , nutrigenética, desportiva, etc. Se aparecer no futuro outro termo para designar uma alimentação saudável, surgirá outra especialização e mais outra e mais outra, e por ai vai. Há quem já separe a nutrição em tradicional e funcional. Para mim, ambas devem se complementar para o bem maior dos indivíduos. Creio que a área de nutrição clínica não esteja fora da funcional, nem da ortomolecular, então, por que não unir os conhecimentos, em vez de separá-los criando cursos e títulos novos? Eu tenho cá as minhas hipóteses de resposta para essa minha pergunta, mas deixarei a resposta com vocês.Quando o termo funcional deixar de ser moda, como os nutracêuticos (que foi praticamente, substituído pelos funcionais e pouco, hoje, se ouve falar) e de ser atractivo e lucrativo, o que permanecerá será os já consagrados, conhecidos e "seculares" alimentos saudáveis.Mas, vamos ao histórico dos alimentos funcionaisDurante as décadas de 50 e 60, a indústria de alimentos buscou melhorar sua cadeia de produção com o desenvolvimento de novos aditivos (conservantes, estabilizantes, espessantes, corantes, entre outros) para garantir um maior tempo de validade e uma melhor aparência dos seus produtos e consequente aumento de faturamento. (VIEIRA et al., 2006). Nas décadas posteriores (70 e 80), o enfoque dos estudos foi sobre a eliminação de componentes prejudiciais à saúde (cerveja sem álcool, café descafeinado), assim como a produção de alimentos com baixos teores de energia, açúcares e gorduras (produtos Light e Diet). A partir da metade da década de 80, os alimentos passaram a ser associados à saúde, como sinônimos de bem-estar, redução de riscos de doenças, como veículos para uma melhor qualidade de vida. É neste contexto que entram os chamados “alimentos funcionais”. (VIEIRA et al., 2006).A ideia de que os alimentos poderiam possuir propriedades terapêuticas não é recente. Há milhares de anos, as antigas culturas chinesa, indiana, egípcia e grega trabalhavam muito com o conceito de comida-remédio, atribuindo propriedades preventivas e/ou curativas aos alimentos. A famosa frase declarada pelo grego Hipócrates 2.500 anos atrás: “Faça do seu alimento seu medicamento” prova este fato. Novo é a utilização do termo alimentos funcionais e o interesse de buscar e explorar mais amplamente o potencial dos alimentos em reduzir o risco de determinadas doenças e o tratamento científico e legislativo dado à questão. (VIEIRA et al., 2006). O termo alimento funcional foi inicialmente introduzido no Japão em meados dos anos 80. Eram alimentos similares em aparência aos convencionais, usados como parte de uma dieta normal, e que demonstram benefícios fisiológicos e/ou reduzem o risco de doenças crônicas, além de suas funções nutricionais básicas. (STRINGUETA et al., 2007). O Japão também foi o pioneiro na formulação de um processo de regulamentação específico para os alimentos funcionais. Conhecidos como Foods for Specified Health Use – FOSHU (“Alimentos para Uso Específico de Saúde”) são qualificados e trazem um selo de aprovação do Ministério de Saúde e Previdência Social Japonês. (ARAI, 1996).Em ação conjunta com outros órgãos, a Comissão Europeia, coordenada pelo International Life Sciense Institute Europe (ILSI Europe), criou o Projeto Ciência dos Alimentos Funcionais na Europa (Functional Food Sciense in Europe - FUFOSE) em 1998, concluído em 1999. Este projeto apresentou uma forma de relacionar as alegações em alimentos funcionais com sólidas evidências científicas, classificando essas em alegações de melhora da função e alegações de redução de risco. Posteriormente, o Conselho da Europa (2001), o Codex Alimentarius (2003) e a União Europeia (2003) propuseram novas classificações das alegações de saúde dos alimentos funcionais. Em 2005, em ação conjunta promovida pelo ILSI Europe foi criado o Processo para Avaliação da Base Científica para Alegações em Alimentos (PASSCLAIM), com o objetivo de definir critérios para avaliação das bases científicas das alegações. No relatório deste projeto, a expressão “alegação em saúde” concorda com o Codex Alimentarius, que entende que a palavra “alegação” significa “alegação em saúde”, incluindo todas as alegações relacionadas à saúde, ao bem-estar e ao desempenho físico e mental. (STRINGUETA et al., 2007).Nos Estados Unidos, o conceito de alimentos funcionais começou a ser difundido a partir dos anos 90, quando o Instituto Nacional do Câncer Americano criou um programa para financiamento de pesquisas sobre componentes presentes nos alimentos, principalmente os fitoquímicos existentes em frutas e verduras, que pudessem apresentar atividade anticancerígena. Este programa, denominado Programa de Alimentos Projetados (Designer Food Program), teve a duração de cinco anos e um investimento de 20 milhões de dólares (MILNER, 2000 apud PIMENTEL et al., 2005). Atualmente, os Estados Unidos não possuem uma legislação específica para os alimentos funcionais. Fonte: PortaleducaçãoImagem Google imagensContinuação de um bom fim de semanaBeijinhos nutritivos
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