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Mais conhecimento de si mesmo, mais consciência, mais objetivos atingidos - Boas entradas em 2024

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  O autoconhecimento ou conhecimento de si é a investigação de si mesmo. Também pode ser um projeto ético, quando o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser humano melhor.  Wikipédia
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Desmistificando Sabores - Peixes de água doce

Lúcio e Achigã - peixes de água doce
Existe ainda algumas resistências na utilização dos peixes de água doce na nossa alimentação, pois a carne desses peixes possuem um sabor característico de barro, marcante das águas doces dos rios e lagos. Isso ocorre, muitas vezes, por não sabermos prepará-lo, devidamente, para torná-lo uma carne apetecível, saborosa. O segredo reside na utilização de molhos apropriados ( principalmente a base de poejo) o que torna a carne desses peixes deliciosa. 
Os peixes de água doce são uma ótima opção de fonte de proteínas, saudáveis e muito nutritivos.
Deixo aqui duas espécies que já provei e aprovei na minha alimentação.









Nome vulgar: Lúcio
Nome científico: Esox Lucius
Família: Esocidae
Ordem: Esociformes
Meio ambiente: Bento pelágico;

Origem
Foi introduzido na Península Ibérica, em Espanha, no Rio Tejo, do qual se expandiu para alguns dos outros rios portugueses, como o Guadiana ocorrendo em menor quantidade em alguns dos principais rios situados a norte do país.
Distribuíção Geográfica
Encontra-se nos Açores, no rio Cávado, Douro, Guadiana e Tejo e também nas barragens de Azibo, Bemposta, Caia e Lamas de Olo.

Caracteristícas
Quando adulto o Lúcio é um peixe solitário, bastante voraz no seu ambiente natural e muito vigoroso na luta pela sobrevivência. Possui um corpo bem alongado, tendo uma cabeça e boca grandes, esta provida de várias fiadas de dentes pontiagudos e cortantes, cerca 700 dentes. Os olhos situam-se no alto da cabeça em posição que que lhe dão um amplo campo de acção visual. Normalmente apresenta-se com uma tonalidade verde-acastanhada com manchas amarelas douradas nos flancos, possuindo a grande capacidade de mimetismo, podendo assim adoptar a coloração do meio onde vive. As barbatanas são poderosas no seu trabalho propulsor, tendo a dorsal e a anal muito próximas da barabatana caudal. A maxila inferior ultrapassa a superior, sendo as suas faces ventrais perfuradas por 5 poros cefálicos de cada lado.

Habitat
O lúcio vive em zonas remansas com correntes baixas e vegetação abundante. Ocorre nas zonas litorais das barragens e em zonas muito profundas dos rios.

Alimentação
O lúcio é uma espécie carnivora predadora que muda progressivamente de invertebrados para vertebrados de acordo com o seu tamanho. Os indivíduos menores que 20cm ingerem principalmente efemerópteros, gambusias, larvas de dipteros, odonatas, isópodes, anfipodes, cladóceros, coleópteros, plecópteros e verdemãs. Os peixes maiores que 20cm comem sobretudo peixes, nomeadamente gambusias, bogas, achigã, escalos, barbos e carpas, ocasionalmente também se alimentam de lagostim-se-água-doce e anfibios. As presas são preferentemente atacadas em movimento e por emboscada

Reprodução
A desova, de 10.000 a 20.000 ovos/kg. por fêmea, realiza-se entre Fevereiro e Abril, quando as temperaturas da água atingem valores entre os 7 e os 10ºC., em áreas pouco profundas e com muita vegetação. A eclosão das novas crias dá-se ao fim de mais ou menos 15 dias.
O Lúcio é uma espécie com crescimento muito rápido.

Preparação 
A carne é branca e magra e de fácil digestão. Não deve ser consumido nos meses de Fevereiro a Abril. Pode ser preparado de diversas maneiras: cozido, grelhado ou assado no forno.

Nome vulgar: Achigã
Nome científico: Micropterus Salmoides
Família: Centrarchidae
Ordem: Perciformes
Meio ambiente: Bento pelágico; não migratória;
pH: 7.0 - 7.5;
Profundidade: - 7 Metros
Clima: Temperado.
Temperatura: 10 - 35°C
Origem
O achigã é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX.


Distribuíção Geográfica
O achigã foi introduzido pela primeira vez em Portugal em 1898, na Lagoa das Sete Cidades, S. Miguel, nos Açores.
No continente, no entanto, apenas em 16 de Fevereiro de 1952, através de um pequeno número de alevins (150), provenientes de uma piscicultura francesa, a Piscicultura de Clouzioux. O Achigã teve uma excelente adaptação e espalhou-se rapidamente por todas as bacias hidrográficas, particularmente a sul do Rio Tejo, sendo hoje considerado um dos predadores que mais tem contribuído para uma clara diminuição de outras pequenas espécies, nomeadamente nas albufeiras.


Caracteristícas
Possui um corpo altivo e alongado, uma cabeça grande e de boca larga e com numerosos e minúsculos dentes, justificadamente agressiva, possui um dorso e cabeça de coloração verde escuro ou oliváceo, com flancos dourados, ventre branco, a linha lateral tem uma fiada de manchas castanhas ou negras, bem visível nos adultos e o opérculo tem duas barras escuras e uma mancha preta. Tem uma barbatana dorsal dividida em duas partes, tendo a primeira raios espinhosos, tendo ainda na boca uma maxila inferior proeminente e mais saliente do que a superior.


Habitat
Caracteriza-se como um peixe de águas temperadas ou pouco frias, habitando em locais com vegetação aquática nas albufeiras e lagoas, aparecendo também em alguns troços médios e inferiores dos rios, e habitualmente vive solitário ou em pequenos grupos. É uma espécie de superfície não excedendo normalmente os 7 metros de profundidade e que suporta bem as águas salobras.
Pode medir até 80 cms. e possuir um peso máximo de cerca de 10 kgs., sendo estas medidas mais reduzidas nos exemplares europeus.


Alimentação
O Achigã adulto é um predador muito voraz, alimentando-se preferencialmente de outros peixes e crustáceos e também de insectos aquáticos.
Os mais novos têm a sua alimentação baseada em insectos, crustáceos e moluscos enquanto que os alevins se alimentam de plancton.


Reprodução
Durante o período de reprodução, de Abril a Junho, o macho tem um comportamento territorial, protegendo o ninho até os novos terem 3 a 4 semanas de idade. Após este período, permanece em cardumes pouco numerosos durante mais 2 ou 3 meses.
A desova ocorre quando a temperatura da água atinge os 16 a 18ºC, cada fêmea deposita entre 4.000 e 10.000 ovos em locais de fraca corrente e pouca profundidade, em ninhos feitos pelos machos sobre camadas de pedras, cascalho, areia ou entre raízes aquáticas, ficando os ovos aderentes ao substrato do ninho, o qual é bem guardado e onde procura agitar-se constantemente para melhor oxigenação dos ovos. Após a postura, a companheira é expulsa do ninho, chegando mesmo a ser caçada, podendo ainda o macho atrair outra fêmea.


Preparação
Pode ser preparado de diversas maneiras. Cozido, assado ou grelhado.
Receita culinária
Achigã ou Lúcio no Forno
Ingredientes:
1 kg de lúcio ou achigã
1 kg de batatas
2 cebolas
2 dentes de alho
1 tomate
1 ramo de salsa
1 folha de louro
2 dl de azeite
1 copo de vinho branco
colorau (utilizo polpa de tomate)
sal
 

Preparação:
Tempera-se o peixe com sal. Descascam-se e cortam-se as batatas em cubos e levam-se a cozer em água temperada com sal. Cortam-se as cebolas às rodelas, colocam-se numa assadeira e regam-se com azeite.
Por cima das cebolas coloca-se o peixe e à volta as batatas cozidas. Sobre o peixe e as batatas coloca-se o alho picadinho, o tomate, a salsa e o louro.
Mistura-se o colorau no vinho e rega-se o preparado.
Vai a assar no forno durante cerca de uma hora.
Serve-se acompanhado de uma boa salada ou de legumes cozidos

Fonte: Pesca.pt
            G-Sat

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